IX Encontro Estadual celebra o Ministério Público e os Direitos Humanos

O IX Encontro Estadual promovido pelo Ministério Público de Sergipe, por meio da sua Escola Superior (ESMP), e em parceria com a Associação Sergipana do Ministério Público (ASMP), destacou-se como uma genuína celebração do papel institucional do MP, proporcionando um ambiente enriquecedor através de palestras e painéis dedicados aos Direitos Humanos. O evento, ocorrido na última segunda-feira, 11, no Auditório Promotor de Justiça Valdir de Freitas Dantas, situado no Edifício Sede do MPSE, reuniu centenas de participantes, incluindo membros, servidores e estagiários do MP, além de autoridades, advogados, integrantes de movimentos sociais e estudantes. 

Na solenidade de abertura, o Procurador-Geral de Justiça, Manoel Cabral Machado Neto, falou sobre a importância do Encontro, do seu tema, qualidade e prestígio dos palestrantes e, também, sobre o papel do Ministério Público, que deve sempre “estar à altura das demandas de cada cidadão e cidadã e ser instrumento de fomento da esperança para toda a população”, destacou o Procurador-Geral.

Ainda durante a abertura, o Promotor de Justiça e Presidente da ASMP, Luis Fausto Dias de Valois Santos, salientou no seu discurso a parceria com a Escola Superior, que contribui para “a realização de eventos engrandecedores para os integrantes do MPSE e toda a sociedade”, ainda mencionou o simbolismo do evento, que ocorreu um dia após o aniversário de 75 anos da Declaração Internacional dos Direitos Humanos.

Em seguida, o Diretor-Geral da Escola Superior, Newton Silveira Dias Junior, fez a apresentação do Advogado, Parecerista e Jurista, Ingo Sarlet, que proferiu a Conferência Magna de Abertura, em que falou sobre “Direitos Funtamentais”. Logo após, ocorreu o painel “Atuação do Ministério Público na proteção dos vulneráveis”, que contou com a participação da Doutora em Direito Penal e Especialista em Violência de Gênero, Alice Bianchini; do Doutor em Direito Constitucional, Advogado e Diretor-Presidente do GADvS - Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero, Paulo Iotti; e foi mediado pela Professora e Promotora de Justiça aposentada, Adélia Moreira Pessoa. 

À tarde, foi realizado o painel a “Atuação do Ministério Público diante dos ODS”, apresentado pelo Procurador de Justiça do MPSE, Coordenador-Geral do MPSE e Professor de Direito Constitucional, Carlos Augusto Alcântara Machado; e pela Procuradora de Justiça do MPGO, ex-integrante do Conselho Nacional de Justiça e Defensora dos Direitos Humanos, Ivana Farina. A mediação ficou a cargo do Promotor de Justiça, Augusto César Leite de Resende.

Com o tema “Em busca da brasilidade”, a palestra de encerramento do evento foi ministrada pelo professor, historiador, escritor, educador e compositor carioca, Luiz Antonio Simas. A partir de um breve retrospecto da colonização e heranças culturais que contribuíram para a formação do Brasil, Simas falou sobre o processo de formação de uma identidade nacional e a necessidade de conexão com as verdadeiras raízes do nosso povo. 

Para concluir as atividades do IX Encontro Estadual, os participantes desfrutaram de um coquetel, acompanhado pela apresentação musical do grupo A2 Acústico, proporcionando um momento de descontração e confraternização entre todos os presentes.

Lançamento Livro 

Em um espaço batizado como Lounge ASMP, o Promotor de Justiça e associado, Alexandre Albagli, lançou seu mais novo livro - o romance intitulado "O pontal de Deodó", pela editora Penalux. O lançamento da terceira obra do autor é um romance de 184 páginas. 

O presidente da ASMP, parabenizou o colega escritor. "É com imensa satisfação e felicidade que participamos do lançamento de mais uma obra magnífica do querido colega e amigo Alexandre Albagli. Está de parabéns a nossa associação em ter nos seus quadros um colega de intelectualidade tão rebuscada. Meus parabéns e sucesso, querido amigo e escritor", declarou. 

SINOPSE

Com o fim da saga do cacau, a família de Antônio Fuleiro, batismo que a rua lhe deu, mudou-se para Ilhéus, à beira da Baía do Pontal, na casa vizinha a da família de Bendita. 

Antônio Fuleiro e Rosena, sua esposa, tiveram quatro filhos: Armelin, dado na feira; Deodó, ignorado; Segundo, a cópia do pai; e a filha, sumida no mundo. A desestrutura familiar foi corrigida com as digitais de Bendita, “coadjuvante de uma história de desassombros”, que juntou os cacos da família vizinha, como se fosse uma sombra, uma agregada: Fuleiro, em sua ruindade, Rosena, em sua omissão. Armelin e a filha, sumidos no mundo, Segundo, o filho predileto, e Deodó, o filho rejeitado, também começaram e/ou terminaram no colo da vizinha. 

O narrador, filho de Bendita, conta as suas histórias – a dele, a da mãe e a dos irmãos (Dalila, “a desmiolada do Pontal”, e Anastácio, “o mais homem dos homens, mas nasceu para ser menina”) –, e a dos vizinhos, de modo que pareçam partes de um mesmo todo. Se todos têm as digitais de Bendita, é Deodó o (des)encontro entre as duas famílias: “o homem que administra o caos”. No seu entorno, também, outras vidas: Dominique e sua família judia, Astor, Bederréu, entre outros. Quem é o protagonista de nossas próprias histórias? E quem é o protagonista desta história? Neste terreno, como conforto pelo consenso, “a dúvida vem antes da certeza”, conforme o próprio Deodó profetizava.

Confira: https://www.editorapenalux.com.br/loja/o-pontal-de-deodo